Eduardo Amorim; Eduardo Fernandez. 2021. Homalolepis subcymosa (Simaroubaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Devecchi et al., 2020), com distribuição: no estado do Espírito Santo — nos municípios Aracruz e Barra de São Francisco —, e no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Guapimirim, Mangaratiba e Rio de Janeiro.
Árvore com até 19 m de altura, endêmica do Brasil (Devecchi et al., 2018). Com distribuição no estado do Espírito Santo, municípios Aracruz e Barra de São Francisco e no estado do Rio de Janeiro, municípios Guapimirim, Mangaratiba e Rio de Janeiro. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila (Devecchi et al., 2020). Apresenta EOO= 41468km² e com ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.
Descrita em: Ann. Sci. Nat., Bot. 2 (17): 137. É afim de H. cuneata filogeneticamente por muitas características, mas difere pelos folíolos laterais cartáceos, glabros e estreitamente elípticos a elípticos-obovados (vs. coriáceos, pubescentes ao longo da veia média na superfície adaxial, obovados, oblongos elípticos ou folhetos laterais oblongobovados de H. cuneata), pelo eixo principal de inflorescência de 11–19 (–25) cm de comprimento (vs. 29–58 cm), pedicelos mais longos de 5,1–6,4 mm (vs. 0,9–2,7 mm), filamentos de estame menores de 3,5–4,7 mm de comprimento. (vs. 5,3–7,1 mm), apêndice estaminal com vértice acuminado (vs. bidentado) e anteras maiores de 1,3–1,5 mm de comprimento (vs. 0,7–0,9 mm). Popularmente conhecida como Casca-para-tudo (Devecchi et al., 2018).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present,future | regional | very high |
A expansão da área urbana formal e informal da cidade do Rio de Janeiro sobre o maciço da Tijuca constitui o principal e mais antigo vetor de transformação da estrutura da paisagem. A ocupação espontânea do tipo favela ganha destaque pela característica peculiar de instalar-se, geralmente, em lugares menos privilegiados em relação à probabilidade de problemas erosivos, como áreas de grande declividade no sopé de afloramentos rochosos (Fernandes et al., 1999). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past | regional | high |
As principais ameaças apresentam cunho histórico como a degradação pela substituição da vegetação nativa por plantações de cana-de-açúcar no século XVII, cafezais no século XIX e a implantação de uma fábrica no final do século XIX, trazendo a urbanização a área da Serra do Mendanha (Nascimento Júnior e Nascimento, 2015). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming | habitat | past,past,future | national | very high |
A produção de carne e de leite tem crescido consideravelmente no Brasil nas últimas décadas, atingindo, em 2018-19, ca. 26 milhões de toneladas e 34,4 bilhões de litros, e a previsão oficial é de que ambas atividades deverão crescer, respectivamente, a uma taxa anual de 3,0% e a entre 2,0 e 2,8% nos próximos 10 anos (MAPA, 2019). Na Mata Atlântica, a conversão do uso da terra para atividades agropecuária é um dos principais vetores de modificação, causadores de perda de biodiversidade (Joly et al., 2019). Segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica do período de 2019, da área total de 130.973.638 ha da Área de Aplicação da Lei da Mata Atlântica - AALMA (Lei nº 11.428/06), apenas ca. 19.936.323? ha (15,2%) correspondiam a áreas naturais (SOS Mata Atlântica, 2020). Em levantamentos relativos a 2018, as áreas de pastagens ocupavam entre ca. 39.854.360 ha (30,4% da AALMA) (Lapig, 2020) e ca. 50.975.705? ha (39% da AALMA), dentre os quais 36.193.076 ha foram classificados como pastagens e 14.782.629 ha como Mosaico de Agricultura ou Pastagem (MapBiomas, 2020). Na Mata atlântica, a partir de 2002 foi registrado um decréscimo das áreas ocupadas por pastagens como decorrência da intensificação da pecuária (Parente et al., 2019). Apesar disso, esses autores verificaram a expansão de áreas ocupadas por atividades agricultura de larga escala (cana-de-açúcar e soja), que ocupa espaços antes destinados à pecuária mais extensiva. | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | national | high |
Os municípios Aracruz (ES), Barra de São Francisco (ES), Cachoeiras de Macacu (RJ), Mangaratiba (RJ) e Rio de Janeiro (RJ) possuem, respectivamente, 35,88% (51093,9ha), 62,46% (58995ha), 24,7% (23585,1ha), 7,94% (2863,3ha) e 10,16% (12192,7ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | national | very high |
Os municípios de ocorrência da espécie apresentam significante redução da vegetação original. Os remanescentes florestais representam 10%% de Aracruz (ES), 44% de Cachoeiras de Macacu (RJ), 74% de Mangaratiba (RJ), 19% de Rio de Janeiro (RJ) (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Espírito Santo - 33 (ES). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Parque Nacional da Tijuca e Parque Natural Municipal do Aricanga Waldemar Devens. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |